Eis que você, tão distraído(a) como os cachorrinhos diante da televisão suculenta, cai aqui. E descobre, meio à toa, qual foi a primeira livraria de livros usados do Brasil. Foi a casa do Livro Azul, logo ali na rua do Ouvidor, número 139, no Rio de Janeiro, em 1828. Quem inventou a extravagância e tomava conta da lojinha era o francês Albin Jourdan. Esse Albin Jourdan - ou cá entre nós, Jordinha - sacando de qual é que era o movimento da rua - tudo o olho da cara -, começou a fazer o contrário, a vender tudo baratinho. Não só. Jordinha trocava e alugava livro pra geral. E foi aí que o negócio fez como dinamite: bombou! O que se conta é que Jordinha, depois de velhinho, acabou ficando cego e quase surdo. Além de usar uma buzina para ouvir melhor, contratou dois ajudantes - que não ajudavam muito. Jordinha, então, sempre se levanta, colocava a buzina no ouvido e atendia o pessoal. E encontrava os livros solicitados tão facilmente como se a livraria fosse apenas mais um cômodo de seu cérebro. A Casa do Livro Azul - como é de praxe das livrarias - melhorou o mundo até 1850.
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