Sempre fui uma pessoa inútil. Costumam juntar a inutilidade a coisas não práticas. Para os chamados úteis: arte é inútil, poesia é inútil.
Basicamente tudo aquilo que não tem uma resposta (na maioria das vezes financeira) rápida, clara, objetiva, é inútil. É por isso que eu sou inútil. Até quitar boleto em lotérica, para mim, é subjetivo.
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Cena mítica e mística de "Holy Mountain" (1973) |
Não sei exatamente o que faço com toda essa inutilidade. Já produzi bastante: gravei discos, editei vídeos, escrevi livro. E daí? Fico pensando naquilo que o Jodorowsky disse: "Fiquei dois anos sem produzir a arte que eu produzia, porque precisava fazer algo que não fosse apenas alimentar meu próprio ego". Isso mexeu muito com a minha cabeça.
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