Encontramos o cachorro no gramado entre o CAD e a Letras. Abanou o rabo (daquele jeito de dizer felicidade) e pulou em nós. Alguém no fim da rua gritou "Tobias!". Não era com o cachorro, mas serviu como nome pro animal. Levamos o Tobias à casa da Clarissa. Foi nos acompanhando, tranquilo, até o Jaraguá, sussa como uma nave, mas nunca me esqueci de que ele era apenas um cachorro. Em casa, demos um rango, separamos água e tapete para ele dormir. Preferiu o sofá. Achamos sensato. Dormiu cada um no seu canto. Tobias no segundo andar, nós no primeiro.
(Um cachorro parecido com o Tobias que encontrei na Internet) |
Noite boa, sem latidos ou choros, tanto de cachorros como de humanos. Acordamos cedo só pra ver se o Tobias estava bem. Estava. E também ficamos bem depois de saber que Tobias tinha sonhado conosco. No sonho, todos voavam. Voltei para a minha casa. Mais tarde soube que Clarissa, depois de um banho no Tobias e uma catação de pulgas, foi com ele até a faculdade se despedir. Observou o vira-lata cor de paçoca atravessar a Antônio Carlos. Pensou em chamá-lo de volta, adotá-lo, levá-lo pra fazenda dos pais, ficar mais um dia em sua companhia, no entanto, lembrou-se do sonho que ele teve conosco, o voo, a liberdade, e continuou a observá-lo atravessar o asfalto e se reunir contente com suas verdadeiras companhias de quatro patas.
oooooooooooooooooooooooom s2
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